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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um pouco sobre música - Rush


           Por Gabriel Fiedler (@_pardau_)




             Não é possível enquadrar a banda canadense Rush em um só estilo. Em seus primeiros anos era considerada rock progressivo. Mais tarde, já na década de 80, fundia sua musicalidade com o hard rock e com sintetizadores. Nos últimos álbuns, ela segue com um som mais “na cara” e com menos efeitos. A cada CD a banda se mostra diferente, porém, sem esquecer de suas raízes. E não é diferente com o último lançamento. Clockwork Angels é uma obra prima do rock em pleno século XXI. 
            O trio – composto por Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart – sempre foi influência de muitas bandas, e um dos pilares do progressivo. Portanto, já era de se esperar um álbum maduro -depois de aproximadamente 40 anos desde seu 1º lançamento. Ele foi produzido pelos próprios membros da banda, junto com Nick Raskulinecz, que também produziu o disco anterior e trata da viagem de um jovem por um mundo paralelo. 
            Clockwork Angels (Anjos Mecânicos) traz o Rush tocando suas várias fases em um mesmo álbum, misturando o prog de 2112 – como na faixa Clockwork Angels -, a técnica de Moving Pictures – como em Headlong Flight - e o carisma marcante do trio. Tudo isso com uma pitada de hard rock moderno, o que mostra que, apesar de sua idade, continua se renovando e se adaptando à música atual.
              A mixagem do álbum ficou precisamente equilibrada, contendo peso e definição em certas partes e clareza e brilho em outras. O baixo de Geddy Lee tem uma das melhores sonoridades que eu já escutei em qualquer música, com um timbre vintage – lembra muito os anos 70 – levemente distorcido. Os solos de Alex Lifeson também estão nos lugares certos e contam com escalas diferentes das pentatônicas tão usadas no rock. A percussão de Neil Peart – considerado um dos melhores bateristas de todos os tempos -, apesar de bem equalizada, não mostrou toda a capacidade do músico, que costuma fazer viradas com quebra de tempo e ritmos pouco usuais.
            A banda sempre foi dona de um rock complexo e intenso, agradando os mais exigentes, mas sempre cativando os ainda não familiarizados com o estilo. O último álbum é um belo exemplo disso, já que ao mesmo tempo mostra músicas técnicas e com referências ao passado do Rush e modernas o suficiente para renovar o público. Quem disse que não é possível um grupo com seus 40 anos de estrada continuar criando novidade e se reinventando a cada álbum?

2 comentários:

  1. porra, rush e uma banda foda pra caralho, neil peart, o batera mais foda que ja existiu....

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  2. Foda demais, eu nem conhecia Rush direito, depois dessa, minha curiosidade foi despertada.

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