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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cinema: O Palhaço - Crítica

Por Gabriel Fiedler




     Simplicidade. Essa é a palavra que resume o longa O Palhaço, dirigido por Selton Mello, que também interpreta o personagem principal: Benjamin - mais conhecido como Pangaré. Normalmente espera-se uma história mais pesada e complexa, vinda da direção de uma das principais influências do cinema brasileiro. Porém, o filme se mostra agradável e simples de se assistir do começo ao fim.
     O palhaço conta a história de Benjamin/Pangaré, um artista circense que, não contentando-se em fazer a plateia rir - mas ninguém fazer o mesmo por ele -, e administrar o circo e seus problemas, decide seguir novos rumos. Porém, descobre que uma vida normal também não é para ele.
     O roteiro é sem rebusques e a fotografia impõe respeito, com tons pastéis que revelam o interior por onde o circo "Esperança" e sua trupe vai passando. A atuação dos personagens merece o maior destaque, e vai mostrando a cativante personalidade do povo do sertão.
     O filme mostra, de uma maneira harmoniosa, que muitas vezes você é feliz e não sabe, com a constante busca do palhaço por uma vida sob novos prismas. Com um elenco de peso - Paulo José e Moacir Franco são bons exemplos -, muitas homenagens são dadas a grandes nomes do humor que o país já teve.
    Depois dessa trama (e de outras, como Quando o tempo cair, de 2005 e Feliz Natal, de 2008), espera-se que Selton Mello continue com outras ótimas direções como essa, e mostre que simplicidade também é sinônimo de qualidade.

2 comentários:

  1. Muito boa crítica, o filme me fez pensar sobre a verdadeira felicidade.Concordo plenamente com os pontos que você abordou a respeito da simplicidade.

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  2. Faz um do filme A Queda - As Últimas Horas de Hitler

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