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domingo, 23 de dezembro de 2012

Cinema: Curvas da vida - Crítica



Por Eduardo Brunetto

Mesmo após ter anunciado sua aposentadoria Clint Eastwood retorna aos cinemas para apoiar seu antigo companheiro de trabalho, o diretor Robert Lorenz. Com Curvas da vida ( Trouble with the curve) um filme que, de certa forma, homenageia Clint e apresenta um drama sem muitas surpresas.
               Gus (Clint Eastwood) é um experiente olheiro de beisebol que tem seu emprego ameaçado pela tecnologia e computadores que mostram as estatísticas dos jogadores e menosprezam as boas e velhas maneiras de se escolher integrantes para as equipes. Além disso, Gus começa a enfrentar problemas de visão por causa de sua já avançada idade. Ao perceber isso seu grande amigo e um dos seus chefes, Pete Clain ( John Goodman) conversa com a filha de Gus, Michey Lobel (Amy Adams), a acompanhá-lo na pesquisa e na compra de um jogador. E para quem assistiu Moneyball percebe o paradoxo entre os dois filmes, neste a valorização dos antigos olheiros e em Moneyball a dos computadores e estatísticas. E que mostra que ambas funcionam.
A partir disso o filme traça o drama da história com a relação de pai e filha que com um roteiro muito interessante, vai inserindo fatos sobre o passado dos dois que justificam a trama e etc. Porém, o filme é extremamente previsível que chega a dar sono e se torna mais um típico drama americano sem nada a mais a oferecer.
              Clint mostra sua típica personalidade no cinema, um homem velho ranzinza que despreza os novos métodos e se torna inabalável dentro do seu mundo e de suas convicções. O que traça um grande paralelo com o Clint verdadeiro que segue o cinema tradicional e mantém seus personagens na mesma qualidade e patamar dos antigos. E ainda são feitas várias homenagens ao ator, mostrando-o nas suas poses mais manjadas com seu charuto ou sentado a um bar esperando sua bebida.
O filme também passa de certa forma um ensinamento, a ideia de inclusão, onde em uma América utópica todos tenham oportunidades e serão avaliados por aquilo que representam e não por sua nacionalidade ou etc. Essa pode ser considera a mensagem principal do filme. Mas não chega a ser algo totalmente explicito, ela esta em alguns diálogos ou na aparição de um personagem, o que apenas acrescenta um maior valor a ela.
               Curvas da vida é um filme que não foge do que é esperado do começo ao fim, e se prova um drama com fracas estruturas que já usadas antes no cinema. E assim sem trazer nada de novo Robert Lorezs fez um filme, que apesar do nome, é uma linha reta sem curvas ou surpresas. 

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