Por Eduardo Brunetto
Mesmo após ter anunciado sua
aposentadoria Clint Eastwood retorna aos cinemas para apoiar seu antigo
companheiro de trabalho, o diretor Robert Lorenz. Com Curvas da vida ( Trouble with the curve) um filme que, de certa forma, homenageia Clint e apresenta um
drama sem muitas surpresas.
Gus
(Clint Eastwood) é um experiente olheiro de beisebol que tem seu emprego
ameaçado pela tecnologia e computadores que mostram as estatísticas dos
jogadores e menosprezam as boas e velhas maneiras de se escolher integrantes
para as equipes. Além disso, Gus começa a enfrentar problemas de visão por
causa de sua já avançada idade. Ao perceber isso seu grande amigo e um dos seus
chefes, Pete Clain ( John Goodman) conversa com a filha de Gus, Michey Lobel (Amy
Adams), a acompanhá-lo na pesquisa e na compra de um jogador. E para quem assistiu
Moneyball percebe o paradoxo entre os dois filmes, neste a valorização dos antigos
olheiros e em Moneyball a dos computadores e estatísticas. E que mostra que ambas funcionam.
A partir disso o filme traça o
drama da história com a relação de pai e filha que com um roteiro muito
interessante, vai inserindo fatos sobre o passado dos dois que justificam a trama
e etc. Porém, o filme é extremamente previsível que chega a dar sono e se torna
mais um típico drama americano sem nada a mais a oferecer.
Clint mostra sua típica personalidade no cinema, um homem velho ranzinza
que despreza os novos métodos e se torna inabalável dentro do seu mundo e de
suas convicções. O que traça um grande paralelo com o Clint verdadeiro que
segue o cinema tradicional e mantém seus personagens na mesma qualidade e
patamar dos antigos. E ainda são feitas várias homenagens ao ator, mostrando-o nas
suas poses mais manjadas com seu charuto ou sentado a um bar esperando sua
bebida.
O filme também passa de certa
forma um ensinamento, a ideia de inclusão, onde em uma América utópica todos
tenham oportunidades e serão avaliados por aquilo que representam e não por sua
nacionalidade ou etc. Essa pode ser considera a mensagem principal do filme. Mas
não chega a ser algo totalmente explicito, ela esta em alguns diálogos ou na aparição de um personagem, o que apenas acrescenta um
maior valor a ela.
Curvas
da vida é um filme que não foge do que é esperado do começo ao fim, e se prova
um drama com fracas estruturas que já usadas antes no cinema. E assim sem
trazer nada de novo Robert Lorezs fez um filme, que apesar do nome, é uma linha
reta sem curvas ou surpresas.
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