Páginas

domingo, 16 de dezembro de 2012

Cinema: O Hobbit - Crítica




Por Eduardo Brunetto

Saber adaptar. Essa é a principal qualidade que Peter Jackson demonstra ao pegar as obras de Tolkien e magicamente amarrá-las e colocá-las na tela. Foi exatamente o que aconteceu com O Hobbit (2012), baseado no livro de mesmo nome lançado de 1937 por Tolkien, onde com toda a sua graça, os hobbits conquistaram o mundo.
               Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), um rotineiro hobbit que vive no condado é, de repente, convidado por Gandalf (Ian McKallen) a participar de uma aventura a fim de ajudar os anões cujo líder é Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage) a recuperar seu lar e seus tesouros em Erebor – sua cidade natal - do terrível Smaug ( Benedict Cuberbatch) um poderoso dragão que tomou tudo o que havia lá. O Hobbit é um livro muito mais ingênuo e feito para crianças e pode servir muito bem para definir a palavra aventura. Peter Jackson explora isso, com várias tiradas cômicas e com um roteiro rápido com uma sequencia frenética em certos pontos, como se espera de uma caçada ao tesouro.
               Um grande erro é comparar esse filme, em relação a sua história, com Senhor dos Anéis. Em O Hobbit Tolkien assume a história de maneira descompromissada e divertida, como vemos no cinema, já Senhor dos Anéis possui um peso muito maior tanto  na sua escrita quanto na sua trama. Ou seja, esperar que O Hobbit tenha a mesma pegada dramática que a antiga trilogia de Jackson é não só um erro como desconhecimento da obra.
               Utilizando como recursos alguns apêndices deixados por Tolkien, Peter Jackson insere no filme alguns pontos necessários. Como a criação de um vilão - enquanto o terrível Smaug aguarda na montanha solitária - utilizando Azog (Manu Bennet) um orc que realmente existe na mitologia Tolkniana e mata o avô de Thorin,  toma esse papel. Ou como a excelente introdução proposta ao filme que insere quem desconhece a trama e encanta mais ainda quem já outrora lerá sobre aquilo. Além disso, existe a tentativa de ligar a trilogia do Senhor dos Anéis a essa, colocando- a como prelúdio definitivo, com a presença do conselho branco – que não ocorre no livro – e com várias referências a acontecimentos que ocorreram na trilogia anterior.
               Quanto a transformar o pequeno livro em uma trilogia, o que gerou uma grande polêmica, se provou uma boa jogada, não só de marketing como de construção de história. Embora muitos digam que ao implementar apêndices Jackson estava tentando preencher um vazio deixado pela escolha de “repartir” a trama, na verdade, mostrou que serviu para deixá-la ainda melhor, colocando mais personagens amarrando coisas soltas deixadas no livro e dando novos objetivos e finalidades aos personagens. Como a motivação de Bilbo que o leva a ajudar os anões, ou como já citado, a criação de um vilão. Tudo isso torna o filme mais denso, e dá aos grandes fãs de Tolkien, várias referências para saborear.
               Como filme de aventura, O Hobbit não chega a reinventar o modo de fazer filmes do gênero como fez Senhor dos Anéis, mas dá sim, uma continuidade ao que foi feito e mantem o nível da obra. E, além disso, possui a nova tecnologia dos 48 quadros por segundo que dão toda uma realidade maior a obra, mas essa revolução só será comprovada com o tempo e com a aceitação do público. O mais importante é que O Hobbit, mesmo com alguns defeitos como a duração até desnecessária de 169 minutos que poderia ser mais polida por Peter Jackson e dariam quase uma perfeição ao filme, nos relembra o quão saborosa pode ser uma verdadeira aventura, ainda mais agora com toda essa tendência de realidade lançada por Nolan em Batman, e ainda mais, nos leva de volta a Terra Média que deixou grandes saudades.  

4 comentários:

  1. sou um adorador de senhor dos anéis, acho a melhor trilogia já feita. o hobbit eu nao assisti ainda, mas espero essa que semana ainda vá no cinema... muita boa a critica.. parabeens aee

    ResponderExcluir
  2. só uma dica, NAO ASSISTAM NO JL SHOPES, to falando sério! O CINEMA É UMA MERDA BUGO O FILME TODO E O 3D PIOR AINDA, sem contar q o filme é bem mais ou menos! KKKKKKKKKKK bjbj

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah q o cinema do JL é uma bosta isso não é novidade, mas a parte que o filme é mais ou menos já é bem discutível. Sem fala que esse é um filme feito para fãs de Tolkien, já que o Peter Jakcson é um fã, ai as vezes a galera em geral não entende as referencias nem nada....ai fica difícil gosta do filme KK

      Excluir