Páginas

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Um pouco sobre música


                 Por Gabriel Fiedler (@_pardau_)




                  Em 1991 os Red Hot Chili Peppers lançavam seu 6º álbum, que eternizaria o grupo no cenário musical: o Blood Sugar Sex Magic vendeu 13 milões de cópias e ganhou o Grammy de melhor performance de hard rock, com Give It Away – antes disso a banda não era muito reconhecida internacionalmente e fazia álbuns com uma pegada mais funky (exceto pelo Mother’s Milk, que possuía musicalidade um pouco experimental). Depois, com a saída do guitarrista John Frusciante e de lançar a 1ª coletânea (What Hits!), Dave Navarro entra na banda e lançam o One Hot Minute, que não obteu tanto sucesso quanto o anterior nem recebeu críticas tão positivas.
                 Enquanto Frusciante estava fora da banda, prosseguia com seus projetos musicais, porém estava se afundando nas drogas. Até que, em 1998, o convidaram a voltar para a banda, pois o baixista Flea achava que essa era a única maneira de o RHCP continuar com a banda. Para a sorte de todos, ele aceitou imediatamente. Após um ano de intensa prática – e restauração da técnica do “novo” guitarrista, que a havia perdido durante seus tempos dependendo de heroína -, foi lançado o álbum Californication, obtendo o maior sucesso comercial da banda até hoje, com 16 milhões de cópias vendidas.
                 Em 2002, é lançado By The Way: o 1º ábum da banda com todos os integrantes livres de drogas. Nessa obra as canções possuem um rítmo predominantemente romântico, e o quarteto seguia o caminho já traçado dos lançamentos anteriores.
                 O Stadium Arcadium foi o 9º álbum da banda, e também não traz grandes inovações – a não ser pelos fundos de guitarra e backing vocals sobrepostos de Frusciante-, contudo, ganhou vários prêmios, como Melhor Álbum de Rock e Melhor Música de Rock (Dani California).
                 Durante uma pausa da banda, John Frusciante sai do Red Hot Chili Peppers em 2008. Então, Josh Klinghoffer – que já era músico de apoio desde 2007 - entra como substituto e em 2011 lançaram o último disco dos californianos: I’m With You.
                  Esse álbum deixa um pouco de lado a pegada funky, entrando num território mais pop rock, entretanto ainda pode-se perceber o groove do baixo de Flea. Ficou acima do esperado, já que muitos consideravam Frusciante um membro fundamental na banda, mas a banda ainda está acomodada no sucesso que já fizeram, pois os refrões lembram muito os três álbuns antecedentes, como em “Monarchy Of Roses” e “Ethiopia”.
                O destaque do ábum é o baixo, onde, mesmo com menos técnicas e slaps, continua tendo a intensidade já conhecida dos dedos de Flea. A guitarra de Josh não está marcante, sendo mais um preenchimento musical, sem grandes riffs ou solos.Mas, mesmo assim, ele é um bom substituto de Frusiante.
                Apesar de a maioria das músicas darem uma sensação de Déjà vu, algumas merecem destaque, como Did I Let You Know, que remete aos rítmos latinos e conta com um trompete, Even You, Brutus? com um refrão mais denso e um piano de fundo e Brendan’s Death Song, que começa calma, apenas com vocal e violão e progressivamente vai aumentando a intensidade, com a entrada de guitarra e bateria.
               Anthony Kiedis, Flea, Chad Smith e Josh Klinghoffer seguram a musicalidade da banda com garra, mas sem arriscar muito. Creio que se Josh tivesse mais participação nas músicas, elas
soariam menos repetitivas e teriam mais densidade. I’m With You consegue segurar os Peppers por mais um tempo, e é preciso levar em conta que não é fácil uma banda com seus 30 anos conseguir agradar a todos os fãs e críticos. É um álbum que merece ser escutado, mas sem a expectativa de novidades.

3 comentários:

  1. Realmente RHCP é épico. Meu album preferido é o Blood Sugar Sex Magik. E quanto ao último, não achei lá essas coisas, mas gostei de algumas músicas xDD

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. é... o último álbum não chega perto do Blood Sugar, mas eu também curti a maioria das músicas

      Excluir
  2. nao gosto muito de red hot, mas o estilo deles e diferente, e o baixo de flea, totalmente complicado, grande músico !

    ResponderExcluir