Lançado em 2011 e chegando ao Brasil com um notável sucesso e um dos
filmes franceses que mais rendeu na história: cerca de 360 milhões de dólares. Intocáveis,
uma comédia politicamente incorreta e muito agradável de assistir prova seu
valor.
Dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano Olivier, Intocáveis conta a
história de um milionário tetraplégico, Philippe (François
Cluzet), que vincula uma forte amizade com um senegalês, Driss (Omar
Sy). Philippe contrata Driss por uma certa afinidade que sentiu pelo rapaz em sua
entrevista de emprego, onde Driss só pretendia conseguir um seguro desemprego.
A
partir das fortes diferenças entre os dois, o filme sustenta suas piadas.
Driss, um cara agressivo, pobre e extremamente extrovertido e Philippe,
tetraplégico, culto e milionário. Driss quebra a monotonia da vida do milionário
tetraplégico e este dá um rumo na vida do ex- meliante. Com essa pegada de
contrariedades os atores François Cluzet e Omar Sy encontram espaço para
desenvolver seus personagens, mostrando uma excelente química de trabalho que é
notável aos olhos de quem assiste.
Com
um roteiro que impressiona, aos poucos o passado dos personagens vai sendo
revelado e novos ânimos vão sendo dados aos espectadores, com piadas criadas
por novos prismas e um texto surpreendente com diálogos intensos, que não deixam
espaço para se desprender do filme. O que diferencia esta comédia de muitas outras
que vão se tornando cansativas e repetitivas pelo fato de se manterem com uma
visão singular de uma trama. E com esses avanços na vida dos personagens são
reveladas várias semelhanças entre os extremos sociais, Driss e Philipe, como o
amor por aventuras radicais, o desprezo ao socialmente correto e etc. E é nisso
que o filme sustenta o seu drama.
Sem
perder seu traço francês, Intocáveis se torna digno da quantia que arrecadou e mesmo
com a aparição de alguns clichês – como as cenas do modo desajeitado de Driss, onde ao se distrair com uma bunda espeta o olho de Philippe, soando como um Debby
e Loyde – o filme se prova original, com uma ótima sacada das piadas feitas em
cima de deficiência de Philippe e da classe social de Driss. E ainda que
Philippe diga que gosta de Driss porque que ele o trata como igual e não tem
pena dele, o filme não se aprofunda na ideia de passar uma mensagem ou de se
tornar um mecanismo social. Apenas mostra que rir é o melhor caminho e fazer
rir, ele realmente consegue.
du gostosoooo
ResponderExcluirvaleu pela sua visão crítica, criativa e realmente significativa Alexandre SHUSAHUAS
Excluirdisponha..
ExcluirMuito bacana em... Realmente é um filme que merece elogios. Ótima crítica!! kkkkk
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