Por: Eduardo Brunetto
Após 50 anos de franquia, 007 lança seu 23º filme: Operação Skyfall. Dirigido por Sam Mendes e estrelado por Daniel Craig - que chega a seu terceiro filme pela série - consegue superar Quantum of Solace (2008), mas fica um pouco atrás de Cassino Royale (2006).
Com a interpretação de Daniel Craig,007 não
perde sua característica e sutil “malandragem” e se torna um dos melhores 007
da história. No filme, o quarentão representa tudo o que é tradicional em relação a
espionagem que confronta tudo o que é
novo, representado por Q (Ben Wishaw) – um típico nerd contemporâneo - o criador dos aparatos usados por James Bond.
No primeiro encontro dos dois, Q entrega apenas uma arma e um rádio transmissor
para Bond e pergunta: “Esperava uma caneta explosiva? Já passamos dessa fase” .
Além disso, James Bond após ser considerado morto e ter algumas férias
prolongadas volta a ativa e se encontra fora de forma, e ver como M (Judi
Dench) e o próprio Bond lidam com isso é muito interessante.
Somando-se
a isso, a presença de Javier Bardem como vilão convence e muito. Com seu tipo
cômico que arranca boas risadas da platéia chega a nos fazer torcer para ele.
Silva, um antigo agente da MI-6, Tem uma história relevante e justifica sua raiva e sua transformação em
vilão. Sua motivação é a vingança, não ogivas nucleares, ou conquistar o mundo,
o que mostra uma tentativa de trazer o filme para os tempos hodiernos e que a
franquia não vive apenas do passado e das auto-referências – que neste filme
estão sutilmente presentes e dão aquela sensação de nostalgia, mas sem forçar
nada - utilizando a relação velho e novo, do fora de forma voltando a ativa e do
vilão ciberterrorista.
Mendes - que ganhou o Oscar com Beleza Americana em 2000 - também consegue evoluir dos filmes anteriores a fotografia e as cenas de ação. Como Bond lutando no escuro contra um assassino de aluguel com apenas letreiros luminosos ao fundo. Uma cena para se admirar. Este é um dos fatores que melhoraram de forma expressiva e colocam o filme a frente do anterior Quantum of Solace onde as cenas de ação são tão rápidas que não se sabe quem esta batendo em quem.
Mesmo
com tudo isso, o roteiro do filme não se prova denso, nada realmente
surpreendente para deixar alguém intrigado ou realmente curioso. Cassino
Royalle tem esse diferencial e por isso se torna um pouco melhor que este.
Mas Mendes conseguiu complementar essa falta de densidade que se torna menos
perceptível durante o filme com os duelos pessoais de Bond e as cenas de
pancadaria, porém é impossível de não ser notada.
Operação
Skyfall é um bom filme, e serve sim como
algumas horas de bom entretenimento para os bons e velhos - afinal são 50 anos
de franquia - fãs da série, que se prova digno de ser o filme que comemora as
bodas de ouro do agente mais pegador de todos os tempos.
Muito boa critica, aguardando anciosamente a espera da proxima xD
ResponderExcluirVlw. Essa semana ainda sai a próxima xD
ResponderExcluirMuito boa crítica, com uma linguagem técnica, direta e um tanto descontraída. A trilha sonora também merece destaque - a entrada é espetacular. Espero mais críticas!!
ResponderExcluirNossa cara, muito obrigado....."um tanto descontraída" foi boa! AHUSHSU, também gostei muito da entrada, Adele matou a pau! KK
ExcluirBoa critica, estou esperando a próxima.
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