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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cinema: 007-Skyfall



Por: Eduardo Brunetto

Após 50 anos de franquia, 007 lança seu 23º filme: Operação Skyfall. Dirigido por Sam Mendes e estrelado por Daniel Craig - que chega a seu terceiro filme pela série - consegue superar Quantum of Solace (2008), mas fica um pouco atrás de Cassino Royale (2006).
                 Com a interpretação de Daniel Craig,007 não perde sua característica e sutil “malandragem” e se torna um dos melhores 007 da história. No filme, o quarentão representa tudo o que é tradicional em relação a espionagem  que confronta tudo o que é novo, representado por Q (Ben Wishaw) – um típico nerd contemporâneo -  o criador dos aparatos usados por James Bond. No primeiro encontro dos dois, Q entrega apenas uma arma e um rádio transmissor para Bond e pergunta: “Esperava uma caneta explosiva? Já passamos dessa fase” . Além disso, James Bond após ser considerado morto e ter algumas férias prolongadas volta a ativa e se encontra fora de forma, e ver como M (Judi Dench) e o próprio Bond lidam com isso é muito interessante.
                Somando-se a isso, a presença de Javier Bardem como vilão convence e muito. Com seu tipo cômico que arranca boas risadas da platéia chega a nos fazer torcer para ele. Silva, um antigo agente da MI-6, Tem uma história relevante  e justifica sua raiva e sua transformação em vilão. Sua motivação é a vingança, não ogivas nucleares, ou conquistar o mundo, o que mostra uma tentativa de trazer o filme para os tempos hodiernos e que a franquia não vive apenas do passado e das auto-referências – que neste filme estão sutilmente presentes e dão aquela sensação de nostalgia, mas sem forçar nada - utilizando a relação velho e novo, do fora de forma voltando a ativa e do vilão ciberterrorista.


                Mendes - que ganhou o Oscar com Beleza Americana em 2000 - também consegue evoluir dos filmes anteriores a fotografia e as cenas de ação. Como Bond lutando no escuro contra um assassino de aluguel com apenas letreiros luminosos ao fundo. Uma cena para se admirar. Este é um dos fatores que melhoraram  de forma expressiva e  colocam o filme a frente do anterior Quantum of Solace onde as cenas de ação são tão rápidas que não se sabe quem esta batendo em quem.
                Mesmo com tudo isso, o roteiro do filme não se prova denso, nada realmente surpreendente para deixar alguém intrigado ou realmente curioso. Cassino Royalle tem esse diferencial e por isso se torna um pouco melhor que este. Mas  Mendes conseguiu complementar  essa falta de densidade que se torna menos perceptível durante o filme com os duelos pessoais de Bond e as cenas de pancadaria, porém é impossível de não ser notada.
                Operação Skyfall  é um bom filme, e serve sim como algumas horas de bom entretenimento para os bons e velhos - afinal são 50 anos de franquia - fãs da série, que se prova digno de ser o filme que comemora as bodas de ouro do agente mais pegador de todos os tempos.
                           
                                                                                                                

5 comentários:

  1. Muito boa critica, aguardando anciosamente a espera da proxima xD

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  2. Vlw. Essa semana ainda sai a próxima xD

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  3. Muito boa crítica, com uma linguagem técnica, direta e um tanto descontraída. A trilha sonora também merece destaque - a entrada é espetacular. Espero mais críticas!!

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    1. Nossa cara, muito obrigado....."um tanto descontraída" foi boa! AHUSHSU, também gostei muito da entrada, Adele matou a pau! KK

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  4. Boa critica, estou esperando a próxima.

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