Por Gabriel Fiedler (@_pardau_)
É uma das obras mais densas que conheço. Definitivamente The Wall é um álbum complicado de se escrever uma crítica ou interpretação. Possui inspiração filosófica do livro de George Orwell, “A Revolução dos Bichos” – que também influenciou o álbum Animals – e abusa de metáforas e simbolismos. The Wall foi escrito e composto principalmente por Roger Waters e aborda temas como depressão, isolamento e revolta.
Após o Animals, Waters, ainda inspirado no
livro de Gerorge Orwell, continua sua crítica ao caráter das pessoas, mas no
The Wall, isso é retratado sob uma temática mais social. O álbum conta com
abstrações que Waters fez ao longo de sua vida – com seus problemas pessoais -,
misturando com a criação de um personagem: Pink Floyd, que abre mais opções
para o aprofundamento das letras e do filme (lançado em 1982, três anos após o
lançamento do disco).
Cada
problema na vida do personagem é mais um tijolo, e o acúmulo deles gera um
isolamento dele da sociedade, retratado pelo muro. Em algumas músicas, Floyd
entra em profundos momentos de reflexão, que resultam na retirada de todos seus
pelos do corpo, como mostrado no filme.
Porém, Floyd se dá conta que foram os problemas de sua vida que levaram
ele a se isolar, e então, quando o muro já estava completo, ele tem o desejo de
derrubá-lo. E durante seu julgamento, em “The Trial”, a sociedade, mesmo não se
importando com os problemas do personagem, decide que ele não pode mais ser uma
pessoa isolada. Então, o muro que ele mesmo criou é derrubado.
Mais que um álbum, The Wall é um espetáculo, uma trama que vai se
desenrolando em cada música. E fundindo-se o disco com o filme, é formada uma
obra de arte completa. Durante a turnê “The Wall”, Roger Waters (em carreira
solo) procura juntar imagens do filme, com encenação teatral e música, fazendo
shows diferentes, considerados por muitos fãs, o maior espetáculo já visto.
Visto pela parte instrumental, The Wall conta com o uso de
sintetizadores, pianos, efeitos, gritos, diálogos, agradando muito os fãs mais
detalhistas. Possui uma sonoridade pesada, e ao mesmo tempo, limpa e melódica, com
os geniais solos de David Gilmour, um dos maiores guitarristas de todos os
tempos. Também possui uma sonoridade progressiva e psicodélica, já que o Pink
Floyd foi uma das bandas precursoras dos gêneros, mas ela não se mostra tão
expressiva quanto em outros álbuns, como “Meddle”, “The Dark Side Of The Moon”
e “Animals”.
Enfim, The Wall é um álbum que têm de ser ouvido por qualquer fã de
Floyd, sendo considerado um dos duplas com maior volume de vendas da história,
e uma das maiores obras da banda. The Wall não é apenas um disco, mas um
retrato do mundo numa época difícil, e deixou para muitos um legado de protesto
contra a sociedade.
Não saiba dessa inspiração no livro. Sempre quis ler A Revolução dos Bichos agora eu TENHO que ler! KK, album muito foda!
ResponderExcluirtbm não li, mas se inspirou até o Floyd não deve ser coisa ruim né kkk
ExcluirAdorei a análise, aproveito a brecha para saber se posso pedir uma análise do The Dark Side of The Moon... Não que eu esteja pedindo, né, mas, só acho que seria massa HAHAHAHAHAH
ResponderExcluirEstou adorando o desenvolvimento do site e quero ver ele crescendo cada vez mais :D :D
Opa! Tema anotado. Valeu pelos elogios.
Excluirmuito boa a critica pardau! fazer uma análise do filme/album the wall nao e para qualquer um! esse album marcou a minha vida, todas as mensagens, e sensações transitadas por ele sao inexplicáveis.. o show do Roger Waters no Morumbi foi algo muito importante para mim... otima critica !
ResponderExcluirimagino cara, é realmente um espetáculo ... valeu ae mano!!
ExcluirAlbum mais famoso? Eu acho que é o The Dark Side of The Moon.
ResponderExcluirTem razão... com "apenas" 20 milhões de cópias de diferença o The Dark Side é o mais vendido, o The Wall é o segundo... desculpa a errada aí
Excluirfoi o show mais doido que fui na minha vida, dificilmente irei em outro tão marcante. The Wall, porto alegre, março de 2012.
ResponderExcluirÓtima análise. Há tempos atrás fiz uma também. Fica a dica, a quem se interessar: http://mente-eletrica.blogspot.com.br/2011/02/wall-um-filme-uma-obra-de-arte.html
ResponderExcluirFicou muito boa, mais aprofundada na história... ótimas explicações.
ExcluirTudo que vem do Pink Floyd só pode ser cultural.
ResponderExcluirGostei da análise e como já pediram aqui, The Dark Side of the Moon também merece uma análise como esta.
Com certeza!! Farei a análise do The Dark Side o quanto antes, e muito obrigado pelo elogio!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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