Por Gabriel Fiedler
No começo da década de 90 o mundo passava por diversas transformações -
como o fim da União Soviética e a Guerra do Golfo. E, devido a toda essa
turbulência social e política da época, novos estilos se popularizaram na
música. O grunge foi um deles.
Influenciado pelo punk, hardcore, indie rock, heavy metal, entre outros,
o estilo explodiu principalmente devido ao lançamento de dois álbuns:
Nevermind, do Nirvana e Ten, do Pearl Jam.
O primeiro álbum é tido por alguns como um dos mais influentes de toda
história do rock. Esse álbum contou com a entrada de Dave Grohl – atual
vocalista do Foo Fighters – como baterista, que permaneceu até o fim da banda.
Ele conta com riffs de guitarra fortes e distorcidos, característica marcante
do grunge, e temas pesados e melancólicos, que por vezes, retratavam os
problemas familiares de Cobain. Foi o segundo álbum do Nirvana, que foi o ponto
de partida para sua popularização.
Sem dúvida o álbum foi impactante, num cenário onde predominava o metal
e o hard rock. O grunge se divergia desses estilos pois não visava a
popularidade, e mesmo com certas influências desses estilos, ele seguia
diferente, com um ritmo mais lento e sonoridade mais profunda.
O álbum Ten, lançado no 2º semestre de 1991, possui uma pegada diferente
e une tanto o uso de riffs pesados e distorcidos na guitarra quanto o de
timbres cristalinos. O disco começa e termina com a mesma sequência de sons -
como no The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd - que para mim serviram como
um “aquecimeto” para uma das maiores obras primas do rock.
Há um contraste nas músicas de Ten, onde algumas são mais calmas – no
caso de Oceans – e outras te convidam para balançar a cabeça – como Even Flow.
Assim como no Nevermind, o 1º álbum do Pearl Jam trata de temas como depressão,
melancolia e liberdade. Porém, Ten se mostra muito mais complexo musicalmente
do que Nevermind, contando com longos solos de guitarra usando e abusando de
pentatônicas e wah-wahs. A técnica vocal de Eddie Vedder também é superior a de
Kurt Cobain, com vibratos mais marcantes.
Embora criticado por alguns – Cobain até disse que o álbum apenas visava
dinheiro e popularidade -, em 1992 Ten alcançou o 2º lugar na parada Billboard
e “Jeremy” se tornou um dos hinos do grunge. Outro ponto criticado por alguns é
a masterização do som, que possui muito reverb (reflexão do áudio), porém,
creio que isso se casou muito bem com a musicalidade do álbum.
Enfim, esses são dois ábuns
indispensáveis para qualquer amante de rock alternativo ou grunge. Ten ficou na
15ª podição na lista dos "100 maiores álbuns de guitarra de todos os
tempos” na edição de outubro de 2006 da Guitar World e Nevermind está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall
of Fame, ficando na 10ª colocação. Quem ainda não
ouviu, deve fazer o quanto antes!
Nossa, Pearl Jam realmente revoluciono fodasticamente kkk! Ótimo texto pardau!
ResponderExcluirvaleu aeee!!!!
Excluirotimo texto... Pearl Jam realmente e uma banda muito booa... em todos os momentos, com uma gatinha, em casa, ou com os amigos.
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