Looper. Um assassino de aluguel que recebe sua vítima diretamente do futuro, - onde assassinar alguém poderia causar muitos problemas – após mata-la, despacha um corpo que tecnicamente nunca existiu. Essa é a parte mais simples do filme Looper- Assasinos do futuro escrito e dirigido por Rian Johnson que nos relembra do quanto o tema viajem pelo tempo pode ser interessante.
O enredo se prova uma evolução da
ficção científica, com um roteiro denso e uma história complicada aonde você
chega a se perder em alguns momentos. Mas convenhamos, não é essa a graça de uma
ficção científica? A princípio ficar confuso e interessado na trama, bolar ideias
mirabolantes e acompanhar como o filme se desenvolve. Exatamente o que acontece
ao assistir Looper. Uma prova da qualidade do roteiro de Johnson é não cair no
erro de várias ficções cientificas ao tentar se “explicar” demais, como em
Inception (2010), um ótimo filme, porém, tenta convence-lo a acreditar em seu
universo através de explicações que se tornam cansativas durante o filme.
Looper é mais direto e preciso.
Para os assassinos do futuro
(Loopers), só existe uma regra: não deixar a vítima escapar. Só deixam de ser
assassinos quando matam suas próprias versões futurísticas. Então é só curtir
mais alguns 30 anos de vida e deixar de existir. Porém Joe (Joseph
Gordon-Levitt) acaba
deixando seu outro “eu” (Bruce Willis) escapar quando é enviado do futuro para
ser morto. Então a trama fica mais interessante, pois junto com o universo de
Johnson chega o duelo ideológico dos “Joes” e o filme ganha até uma pegada dramática.
Joseph Gordon-Levitt se
apresenta muito bem no papel de um assassino viciado, frio e calculista que
acaba mudando ao conhecer Sara (Emily Blunt) e o garotinho despretensioso,
Cid (Pierce Gagnon) – com uma incrível interpretação - que no futuro irá se tornar um grande vilão,
cujo o Joe futuro ( Bruce Willis) pretende matar .Enfim, a partir dai o filme
se desenvolve, tornando impossível qualquer piscada de olhos.
É claro que como todo novo
universo, Looper tem suas falhas, como o fato de que se no futuro é complicado
demais matar pessoas como o Rainmaker – o tal vilão que Bruce Willis volta ao
passado para mata-lo na versão infantil - consegue praticar seus planos do mal sem
nenhum problema . Mas o maior problema do filme é a imensa sensação de querer
saber mais que ele deixa ao acabar. Como seria esse Rainmaker no futuro? Como seria
esse mundo do qual pessoas são enviadas ao passado para serem mortas? Como as
atitudes de Joe refletem no futuro? E muitas outras perguntas que ficam sem
respostas o que dá a impressão de o filme conter ideias demais que se tornam
mal trabalhadas.
Critica realmente muito boa, boa fundamentação e de simples intendimento. Porém contém informações demais (spoilers) tirando um pouco da curiosidade de quem ainda não viu o filme. Abraços.
ResponderExcluirEntendo cara, mas sério mesmo isso não chega a ser spoiler KK, o filme é complicado demais e sem essas informações é impossível fundamentar a crítica. Mas valeu pelo comentário xD
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircompreendo, mas verei o filme, pois a
ResponderExcluircrítica me prendeu e me deixou com curiosidade em ve-lo.
achei muito criativo o ultimo paragrafo... parabeens ae eduardo, adriano... apesar de ter visto o filme com vcs, e nao gostado.. fico booa a critica.
ResponderExcluirvéi, o filme é foda! KK
ExcluirFilme muito bom e diferente dos atuais clichês hollywoodianos. O dinamismo e objetivismo da crítica merece destaque!! =D
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